O Brasil é um adolescente de 500 anos!

Corona vírus espalhando-se pelo mundo, greve (ou motim) da polícia militar no Ceará, um senador destemperado que pega um trator e avança sobre pessoas levando dois tiros, um presidente que envia forças militares federais para patrulhar um estado e diz que “o pau vai comer”, um ministro da economia que pretende fazer reformas mais sólidas e um congresso que visa interesses eleitorais em um ano de eleições municipais, um miliciano morto durante a captura (resistência ou queima de arquivo?), um ex-presidente e ex-presidiário recebido pela alta cúpula do vaticano; chuva, enchentes e alagamentos e, o que mais importa: O carnaval!

O ânimo que brota nos pandeiros dos brasileiros deveria ser estudado a fundo por Sigmund Freud.

Sem dúvida suas conclusões seriam interessantíssimas e creio que daria novos rumos á compreensão dos seres humanos!

O homo sapiens que ganha prêmios Nobel e joga xadrez é de outra espécie… De outro lugar…

Nessa terra onde cantam os sabiás, as aves que aqui gorjeiam cantarolam mesmo depenadas e com fome. A água que passarinhos de outros lugares não bebem é a mais bebida nas copas das palmeiras onde a seleção canarinha se junta para a pelada.

Quando a pelada chega, começa o jogo. Empurra daqui, puxa de lá, bica daqui, cutuca de lá e de quem é o filho?! Pra saber, só mesmo com o DNA!

É carnaval! Com chuva, ou vendaval, o importante é sambar… Samba?! O que é isso?! Agora é funk carioca, pancadão, proibidão onde nada é proibido e tudo pode! O samba ficou no canto… No canto dos cantores de outras épocas!

Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar, o morro foi feito de samba, de samba pra gente sambar!

Até o morro morreu! Desmoronou e da lama ao caos, ou do caos à lama de Mariana, de Brumadinho e durante quatro dias pode acabar o mundo que tem gente que não tá nem vendo! Nem sabendo… Nem nada… “Tá tudo bão!” Só que não!

Outro fenômeno que acontece nesses dias festivos é a luta maciça pelos direitos desse, daquele e daquele outro! É celebridade saindo vestida de índio e reivindicando direitos para os indígenas, sem nunca ter pisado numa aldeia antes do carnaval e que nem vai lembrar do tupi ou do guarani depois que a ressaca passar.

Durante a ressaca só vem a Neusa à cabeça!

O blá, blá, blismo dos homéricos enredos das letras de alguns sambas se compõe em bonitas poesias, mas em nenhuma ação depois do desfile. Uma hora reluzente e depois… Só no vídeo tape!

Era uma vez um adolescente de 500 anos de idade. Morava entre o lá e o cá e não ia pra lugar nenhum. Sua crença é que seria grande no futuro e cinco séculos depois, continuava iludido que a grandeza viria lhe abduzir gratuitamente.

Seu sistema; a despirocracia! Seu governo; o despirocrático! Seu rumo; sem norte!

Assim prosseguiu sambando hedonisticamente em excêntricos círculos bêbados, com seu sapato branco, no lamaçal dos fatos!

Nem Freud explica!

Que todos tenham um ótimo carnaval, etc e tal…!

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