PERIGO! Mentes Musicais Fechadas!

Rock, rockabilly, rock’n’nroll, rock progressivo, hard rock, indie rock, gothic rock, punk, heavy metal, trash metal, power metal, heavy metal melódico, blues, rhythm and blues, blues rock, mambo blues, jazz, big bands, fusion, free, acid e tradicional jazz, funk (americano), folk, soul, country, country rock, surf music, gospel (americano), foxtrot, twist, rap, hip hop, ópera, valsa, world music, músicas eruditas como a barroca, clássica, romântica, dodecafônica, moderna, impressionista e contemporânea, canto gregoriano, polca, mazurca, salsa, merengue, reggae, ska,  tcha tcha tcha, tango, flamenco, mariachi, fado, tarantela, rumba, guarânia, bolero, pop, pop rock, dance, trance, psy, drum n bass, house, disco music, flashback, MPB, balada, rock nacional, maracatu, samba, samba enredo, samba de breque, samba canção, samba rock, escola de samba, bossa nova, chorinho, forró, chote, baião, embolada, repente, lambada, maxixe, músicas regionais gaúcha, sertaneja (do sertão do nordeste), caipira, moda de viola, sertanejo raiz, seresta, xaxado, marchinhas de carnaval, canções de ninar, músicas étnicas de diversos países do mundo como Índia, Rússia, países africanos, árabes, música alemã, francesa, canción, escocesa, japonesa, celta, havaiana… E uma infinidade de outros gêneros musicais que não couberam neste primeiro parágrafo.

Agora, lhes pergunto:

Por que apenas ouvimos sertanejo universitário, funk carioca, pagode, axé e pops internacionais?

O que divide principalmente os períodos da evolução da humanidade são as fases da pré-história e da história e o fator determinante para sairmos das cavernas, chegarmos à era espacial e posteriormente à era “digital” é a “escrita”. Pois foi através dela que se pôde produzir conhecimento e transferi-lo de geração em geração, acumulando informações e fazendo com que o ponto de partida dos mais novos fosse a cultura adquirida pelos mais velhos. Ou seja: Não era preciso inventar e reinventar a roda toda vez… Agora tínhamos condições de partir de conquistas anteriores e expandir ainda mais os nossos limites!

Mas o que a música tem a ver com isso? Será que ao descartarmos “TODAS” as músicas que a humanidade inteira nos legou ao longo de toda a sua trajetória, não seria equivalente a “queimar livros”???

Será que ao adotarmos apenas meia dúzia de estilos musicais para serem divulgados, reproduzidos e ouvidos, não estaremos contribuindo para a diminuição do “universo cultural” da população brasileira como um todo?

Será que essas duas perguntas acima, são retóricas? (risos)

Apresento semanalmente o programa Clube da Música pela Rádio Clube de Araras e nele entrevistamos grupos, bandas, cantores e compositores de “todos” os estilos e da maior diversidade musical. Respeito imensamente àqueles que têm a coragem e tenacidade para ingressar, persistir e permanecer na carreira artística, sobretudo na musical e quero lhes dizer que “nenhum” dos entrevistados (até o momento) acha que a atualidade é produtiva musicalmente. Muito pior, todos reclamam demais!

Recentemente o cantor Jorge da dupla Jorge & Matheus declarou o seguinte para o Blog Universo Sertanejo da UOL: “Nosso meio é podre e eu tenho nojo.” – http://tinyurl.com/7xz73sv Logo em seguida o cantor e compositor Victor Chaves da dupla Victor & Leo fez a seguinte colocação para o mesmo veículo: “O momento da música sertaneja é caótico.” – http://tinyurl.com/bvxz8qj

Outra publicação interessante saiu no caderno Cultura do Estadão, trazendo as seguintes conclusões de cientistas espanhóis: “Música pop está barulhenta demais e muito igual, diz a ciência.” – http://tinyurl.com/c4m4zps

Chegou a hora de me declarar réu confesso, porque desta vez não vim para apresentar respostas, mas sim para trazer perguntas… Digam-me, o que se pode pensar de nosso contexto atual da musica e da cultura, sendo que até dois dos maiores expoentes do momento, corajosamente afirmaram o acima exposto?

Desta forma, desejo a todos um ótimo, revigorante e musical final de semana, restando por deixar a dica de que basta digitar qualquer nome de estilo musical mencionado no YOUTUBE para encontra-los à distância de apenas “um clique”!

Veja a imagem da página publicada pelo Grupo 1 de São Paulo- JPG:

Veja a imagem da página publicada pelo Opinião Jornal de Araras- JPG:
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4 comentários

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  1. Eu dividiria em “música de bom gosto” e “música de mau gosto”, simples assim… por mais subjetivo e pessoal que isso possa parecer.

    Sendo “bom gosto” toda a gama citada que precisa ser mais ouvida, explorada e principalmente, VALORIZADA… e de “mau gosto” tudo aquilo que já está mastigadinho, massificado e nos bombardeia sem pedirmos… pobres de construção, de conteúdo, emoção e reflexão.

    As pessoas são acomodadas, preguiçosas e sem identidade.
    Triste.

  2. Olá amigo,

    Realmente a coisa está feia. Eu venho lendo e pensando sobre esse assunto tentando responder algumas perguntas sobre a música de hoje…. afinal, onde a coisa se perdeu?! Tempos atrás eu escrevi um texto no meu blog tentando responder isso, mas ainda não sei se fui acertivo na análise! Estou deixando o link embaixo, caso se interesse:

    http://renan-alencar.blogspot.com.br/2012/04/por-que-estamos-onde-estamos.html

    Mas pegando o gancho do comentério da dupla Jorge & Matheus, vou deixar um comentário que fiz no meu próprio texto:

    “Sobre essa discussão, existe um ponto que tem chamado minha atenção, que não coloquei no post por não ser um argumento possível de se utilizar em um “debate sério”. E é justamente por isso que chama minha atenção, por conseguir passar despercebido, e estar fora do campo da razão e da consciência, é mais facilmente assimilado.

    É um fato que a mídia (e agora me refiro não somente à música) é uma das maiores forças da nossa sociedade atual. Quem domina a mídia, consegue formar e manipular a opinião pública, e controlar a massa do povo. Não é por menos que a Oprah Winfrey era considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo. E os poderosos sabem muito bem desse poder da mídia. Um exemplo disso é que todo regime ditatorial proíbe em seu regime a imprensa livre. E a industria fonográfica entra nesse ponto de veículo de dominação e formação de opinião.

    Sabendo disso, e olhando para as produções fonográficas de hoje (especialmente as norte-americanas), eu creio que existe uma realidade mais sombria por trás dessa realidade de mediocridade. Sinceramente, eu creio que existam poderosos por trás das grandes gravadoras que estão preocupados em promover certas “agendas” de informação, “verdades” e valores para as massas. Nesse ponto, a música produzida em si não é o ponto relevante (muito menos a sua qualidade), e sim a filosofia e a mensagem que ela divulga. E muitas vezes, a própria mediocridade faz parte dessa filosofia de controle e manipulação, levando à falta de reflexão.

    A música tem um poder enorme de influência. Desde a década de 60/70 e o movimento da contra-cultura, especialmente entre os jovens, o “artista” ultrapassa a dimensão de interprete/compositor, e vira uma espécie de guru. Não se trata apenas da música, mas da imagem e da filosofia de vida que esses artistas vendem para os seus fãs.

    Eu sei que essa discussão tende mais para o lado da “moral” e dos valores do que para o lado da qualidade artística, mas hoje não vejo como desvincular os dois lados. Para a mensagem ser mais efetiva, ela precisa ter o veículo certo. Soa ridículo pensar em criar uma música erudita para veicular uma mensagem de “sexo e pegação” nos dias de hoje.

    A grande pergunta é “Quem lucra com isso?”. Por trás dos hits da moda que promovem a “pegação”, o sexo, poder, dinheiro e valores fúteis, existem uma série de indústrias que lucram com isso: baladas, carros, bebidas, cigarros, drogas, sexo, moda etc.

    Agora a boa música, a arte (em seu conceito mais puro) e a erudição (no sentido de produzir algo que tenha valor intelectual agregado) consegue vender esse ideais da mesma forma? Quais as indústrias que se beneficiam da boa música que justifique bancar essa produção?

    Em nosso mundo capitalista, o que não gera um bom lucro é cortado e jogado fora, assim como aconteceu com o investimento em cultura, an boa arte, e por consequência, na boa música.”

    • Adriano em 27 de julho de 2012 às 15:29
    • Responder

    Eu junto a essa discussão o seguinte:

    Música não se divide siplesmente em música brasileira e música em língua inglesa.

    Experimente conhecer hip hop francês, pop espanhol, punk português e rock polonês.

    Tenho certeza que vai mexer com a sua cabeça.

    • Adriano em 27 de julho de 2012 às 15:24
    • Responder

    Um comentário em paralelo:

    Aqui no Brasil dividimos estilos musicais entre brasileiros e inetrnacionais, significando este último música de língua inglesa.

    Convida as pessoas a abrir a mente ouvindo hip hop francês, pop espanhol, rock polonês e se deliciar ouvindo cantores nas mais diversas línguas.

    Apenas alerto que música italiana não se resume a Laura Pausini e Eros Ramazzotti.

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