Um Museu de Grandes Novidades!

As vezes pareço escrever histórias como para as vitrines de um museu de grandes novidades. Aqui utilizando-me das palavras do saudoso compositor, poeta e cantor brasileiro, Cazuza.

Expostos, lá e cá, nesse baú do conhecimento, encontra-se informações, invenções, ideias, referências e materiais arquivados, que se vistos aos olhos da curiosidade e da atenção podem orientar o presente e até o futuro sob a luz de valiosas experiências do passado.

Nos mitos onde Platão discorre sobre a lendária Atlântida, ele sugere que o homem civilizado perde sua civilidade com a tragédia que incorre sobre àquela civilização, deixando explícito que o mundo ao redor do indivíduo o faz civilizado, assim como é este quem o constrói. Praticamente o mesmo dilema do famoso biscoito, afinal: Tostines é fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é fresquinho?

Uma das imagens que mais me vêm à mente ao pensar num museu, é aquela sequência que demonstra e evolução humana; partindo do macaco andando em quatro patas, que se torna ereto no meio, mas ainda com traços rudimentares e vai ao encontro das feições atuais no fim. Porém, não podemos esquecer que esse processo não tem fim e já existem sátiras dessa antológica ilustração que acrescenta o desenho de um homem retrocedendo a uma posição arqueada, semelhante à inicial, mas sentado numa cadeira e com a cara enfurnada num computador.

Será que isso representa mais uma etapa em nossa “evolução”? Ou será que esse próximo passo pode ser uma deveras “involução”? O fato é que problemas posturais e o crescimento contínuo do “barrícepis” e do “pâncepis” vêm assolando a população humana mais incluída na modernidade digital e as antigas coronárias não acompanharam a velocidade de tais transformações sedentárias.

Outro dia, fui a um clube e vi quatro garotos sentados na mesma mesa, cada um com um celular de grande visor touch screen conectado à Internet e todos com suas caras dedicadas àqueles mínimos centímetros quadrados enquanto todo o mundo ao seu redor simplesmente não os interessavam. Nem eles mesmos, os próprios amigos, não eram interessantes uns para os outros… (risos)

Depois dos computadores vieram os notebooks, em seguida os smartphones e agora chegaram os tablets e até as televisões 3D (tecnologia anteriormente exclusiva dos cinemas) e isso sem contar toda a saga dos vídeo games… A pergunta é: Que impacto isso está tendo em nossa saúde, comportamento e até em todos os sistemas que nos ladeiam; como o político, cultural, social e todo o aparato produtivo da humanidade?

Uso muito a tecnologia, adoro novidades e todas as possibilidades e facilidades que ela no trouxe, mas vejo que as novas gerações estão perdendo os contatos com os próprios pés, àqueles que eventualmente enfiávamos na lama quando andávamos de bicicleta ou íamos jogar bola… Parece brincadeira, mas estou certo de que há quem pense que as vacas já dão o leite em caixinhas higienizadas.

Deus salve a eletricidade e permita que ela nunca nos falte! (risos)

Que tenhamos todos um ótimo, revigorante e musical (atualmente também visual), final de semana!

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